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É tão legal perceber o quanto certas coisas nos transportam para épocas distintas de nossas vidas. De repente, nos encontramos lembrando da infância, quando brincávamos e pulávamos, inocentes, sem perceber o que o futuro reservava; depois, da adolescência, tempo bom, onde não se tinha juízo e os problemas, que hoje parecem tolos, eram de chorar durante dias. Outros fatos engraçados começam a surgir e um álbum imaginário vai se formando para, assim, uma tarde inteira ser ocupada com pensamentos nostálgicos.

Todas essas recordações podem se iniciar com coisas bobas. De uma música, até um cheiro; de uma pessoa, até um objeto. Lembra daquela canção que você ouviu na hora em que conheceu uma pessoa especial? Saberia distinguir o aroma da comida da sua avó? E a textura das pétalas das flores do sítio daquela sua amiga do colégio? Tantas coisas que compõem o que você é hoje: esse ser cheio de episódios significantes para dividir com todo mundo que estiver disposto a ouvir um relato de como o passado era curioso.

Relembrar histórias com pessoas próximas e tirar proveito do que elas têm para compartilhar também é divertido, já que cada indivíduo guarda coisas diferentes sobre um fato. Sua mãe, por exemplo, poderá lhe contar acontecimentos de quando você era bebê que só ela saiba. Sua irmã vai mencionar os apelidos estranhos da época em vocês eram crianças, as brincadeiras e os machucados resultantes delas. Uma amiga antiga, hoje distante e cuja memória é melhor que a sua, irá descrever outros fatos que parecerão inéditos. É assim mesmo, todos são fragmentos de sua história.

Não temos noção do rumo que poderíamos ter tomado se certas situações não tivessem ocorrido, mas é legal pensar de que jeito estaríamos hoje se não tivéssemos embarcado naquele avião, se não tivéssemos dito aquelas palavras, se não tivéssemos vivido do jeito que queríamos. Esses são mistérios que nunca serão desvendados e que também nunca nos deixarão na mão quando precisarmos ocupar a mente numa tarde ociosa.