10:50 PM Comment0 Comments

Acompanhando as últimas notícias divulgadas na mídia a respeito da saúde do Gianecchini começo a me questionar sobre as surpresas da vida. Como se sentir diante do imenso ponto de interrogação que é viver? Hoje estamos bem, amanhã, enfrentando problemas que não passariam por nossa cabeça nem no pior dos pesadelos. Prioridades mudando, o que antes era sólido sendo posto a prova, milhares de incertezas. Conflitos, internos e externos, se tornando inevitáveis. Onde encontrar forças para lutar? É preciso apoio, muito apoio. Estar cercado de gente que entenda as inseguranças que teimam em aparecer quando estamos vulneráveis.

Um dos problemas que mais desestabilizam são as doenças. Elas debilitam não só o corpo, mas a mente. Nunca passei por nada grave, mas observo o sofrimento resultante dessas passagens dramáticas. Todos ao redor são mobilizados, a rotina é alterada, o estresse é visível. Estar em hospitais e a mercê de médicos causa muita tensão. Os efeitos colaterais dos remédios, quase sempre entre os bônus de um tratamento, multiplicam as inquietações. O tempo parece não passar, meses se tornam anos. Esses períodos costumam vir embutidos de muitos aprendizados; lições que, de fato, significariam muito tempo de vivência.

Nem sempre são doenças que servem como experiências impactantes na vida de alguém. Separações, perdas, mudanças em geral, tudo que gere choque pode ser encarado como fonte de reflexão acerca dos imprevistos que compõem o grande mistério da nossa existência. Diante de todo sofrimento, pode-se considerar o otimismo como peça importante para superar obstáculos, já que em situações de revés, enxergar de forma positiva os objetivos é essencial para voltar ao eixo. A idéia que permanece a partir dessas considerações é a de que a força capaz de derivar das dificuldades, além de contribuir para nossa evolução, é fator determinante para escolhas futuras.